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O que causa e como amenizar a corrosão de armadura


A corrosão de armadura no concreto armado é um fenômeno que só acontece quando as condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento desse concreto são insuficientes.

Para muitos, o fenômeno da corrosão das armaduras é mais frequente do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de concreto armado, comprometendo-as tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de vista da segurança.

O que causa a corrosão de armaduras?

O mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido.

Esta corrosão conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem, e só ocorre nas seguintes condições:

  1. Deve existir um eletrólito;

  2. Deve existir uma diferença de potencial;

  3. Deve haver oxigênio;

  4. Podem existir agentes agressivos.

Para que haja corrosão é necessário que a camada apassivadora seja destruída (despassivação). Agentes agressivos como os íons cloretos e a carbonatação podem promover a despassivação, deixando o aço suscetível ao processo corrosivo.

No concreto armado a corrosão é considerada eletroquímica (como vimos acima), ocorrendo em meio aquoso, necessitando de um eletrólito, uma diferença de potencial, oxigênio e agentes agressivos. A corrosão afeta diretamente a durabilidade, pois diminui a seção do aço, reduzindo a vida útil da estrutura. A corrosão de armaduras pode levar a sérios danos estruturais. Por motivos de falha de impermeabilização, o concreto pode ser “lavado”, e isso acaba expondo as armaduras. Quando isso acontece, a estrutura corre sérios riscos de perder a sua capacidade de resistência aos esforços solicitantes.

O processo corrosivo se caracteriza por provocar a destruição do aço e, consequentemente, danos estruturais.Os sinais mais comuns são: fissuras e trincas, manchas na superfície, desagregações, deformação excessiva, destacamento do concreto, entre outros.

Como danos estruturais entendemos a diminuição da área de seção transversal, a perda de aderência entre o concreto e a armadura e a fissuração do concreto, provocada pelo acúmulo de produtos de corrosão junto às barras de armadura, que podem levar ao desplacamento do concreto nos estágios mais avançados.

Após iniciada a corrosão, caso não haja intervenções de tratamentos e recuperações, a corrosão adquire uma constante de progressão ininterrupta em praticamente 100% dos casos.

A adição de sílica ativa ao concreto é uma excelente saída para minimizar a incidência e evolução da corrosão nas estruturas de concreto, já que ela apresenta um melhor desempenho frente aos ataques agressivos.

Devido a sua alta reatividade pozolânica, a sílica ativa reage com o excesso de hidróxido de cálcio formado na reação do cimento com a água. Nesta reação são formados silicatos de cálcio hidratados (componentes que conferem resistência ao concreto). Uma vez despassivada a armadura e iniciado o processo de corrosão, a velocidade da deterioração (taxa de corrosão da armadura) depende de outros fatores, como disponibilidade de umidade e oxigênio, bem como a resistividade elétrica do concreto.

Quando a corrosão é desencadeada por íons cloreto, percebe-se uma expressiva redução em sua penetração em concretos ou argamassas com sílica ativa. Amelhor maneira é a utilização da sílica ativa, pois esta é adicionada no concreto, formando a proteção das barras de aço (armadura).

Tratamento

Para que não haja exposição da armadura, as normas brasileiras recomendam um cobrimento mínimo de concreto sobre as seções de aço. Ou seja, deve haver um volume mínimo de concreto ao redor da ferragem para evitar a corrosão. Caso o cobrimento mínimo não seja respeitado, a estrutura corre sério risco de não atender às exigências técnicas.

A corrosão nas armaduras do concreto armado pode ser evitada com a qualidade da concretagem da estrutura, conforme vimos há pouco. O processo de corrosão passa, então, a ser postergado ou evitado a partir da prevenção, minimizando falhas futuras.

Proteger a superfície aplicada sobre o concreto também é outro caminho a seguir. Esses produtos de proteção de superfície tendem a elevar a vida útil do concreto armado.

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