Corrosão em estruturas de concreto armado - armaduras de aço
Como já falamos, a corrosão é facilmente encontrada em estruturas metálicas e é uma espécie de deterioração. E se não tratada a tempo pode alcançar estágios avançados, inutilizando a peça deteriorada. Seja por reação química, ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso a corrosão da armadura no concreto armado é um fenômeno que só acontece quando são insuficientes as condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento desse concreto. A corrosão das armaduras costuma ser mais comum do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de concreto armado e compromete a estética de uma obra como também a segurança, se não tratada rapidamente.
A maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido se conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominada ferrugem. No entanto, no interior do concreto, o aço está protegido por uma camada que envolve o metal.
Para que haja corrosão é necessário que a camada seja destruída. Agentes agressivos como os íons cloretos e a carbonatação podem promover a despassivação, deixando o aço suscetível ao processo corrosivo.
No concreto armado a corrosão é considerada eletroquímica, ocorrendo em meio aquoso, necessitando de um eletrólito, uma diferença de potencial, oxigênio e agentes agressivos. A corrosão afeta diretamente a durabilidade, pois diminui a seção do aço, reduzindo a vida útil da estrutura.
É importante buscar soluções que contribuam para diminuir a incidência e evolução do processo corrosivo nas estruturas de concreto.
Um dos agentes agressivos que pode desencadear um processo corrosivo é o dióxido de carbono. A carbonatação provocará uma redução do pH, que desestabilizará a camada passivante, que pode iniciar um processo de corrosão generalizada.
A corrosão de armaduras pode resultar em sérios danos estruturais, por falhas de impermeabilização. Por ser lavado, isso acaba expondo as armaduras. Os sinais mais comuns são:
a) Fissuras e trincas,
b) Manchas na superfície,
c) Desagregações,
d) Deformação excessiva,
e) Destacamento do concreto, entre outros.
Em resumo, a corrosão das armaduras em estruturas de concreto é considerada uma anomalia grave com consequências que podem levar ao colapso estrutural, com desabamentos de edifícios, marquises, pontes.
Adicionar sílica ativa ao concreto é uma saída para minimizar a incidência e evolução da corrosão nas estruturas de concreto. Ela apresenta um melhor desempenho frente aos ataques agressivos.
A sílica ativa promove a densificação da matriz cimentícia e proporciona uma diminuição significativa da porosidade e permeabilidade da pasta de cimento, impedindo ou retardando o ingresso dos agentes agressivos desencadeadores da corrosão. A sílica ativa também reage com o excesso de hidróxido de cálcio formado na reação do cimento com a água, diminuindo a porosidade do concreto e evitando a penetração dos íons cloreto e do dióxido de carbono. As normas brasileiras recomendam um cobrimento mínimo de concreto sobre as seções de aço, para que não haja exposição da armadura. Deve haver um volume mínimo de concreto ao redor da ferragem para evitar a corrosão. Caso o cobrimento mínimo não seja respeitado, a estrutura corre sério risco de não atender às exigências técnicas.